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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Conselhos de cirurgião

Relançamento de manual prático de medicina do século XVIII revela detalhes da arte de curar
 Quem precisasse de cuidados médicos entre o descobrimento do Brasil, em 1500, e a chegada da família real, em 1808, estava em maus lençóis. Os médicos portugueses dispostos a se aventurar por aqui eram raríssimos. Em Portugal eles eram intelectuais formados em universidades, discutiam pensadores da Antiguidade como Aristóteles e Galeno e tinham status e salários significativamente mais altos do que aqueles cujas profissões eram consideradas manuais ou mecânicas. Este era o caso, por exemplo, dos cirurgiões, habilitados a fazer curativos, cirurgias, sangrias e amputações depois de dois anos de estudos práticos no Hospital de Todos os Santos de Lisboa, mas sem formação acadêmica. Eram eles que levavam algum alívio e conhecimento a uma população extremamente carente de qualquer assistência à saúde nas terras de além-mar.
Trabalhar longe da Corte portuguesa trazia grandes vantagens para os cirurgiões, como a possibilidade de se tornarem proprietários de terra, de enriquecimento e valorização social. Os médicos só se tornaram mais frequentes no Brasil quando a família real se estabeleceu aqui, em 1808, e criou as faculdades de medicina de Salvador e do Rio de Janeiro. Na tentativa de tornar menos grave essa carência, pelo menos três cirurgiões escreveram manuais médicos no século XVIII no Brasil.

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